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Breves Considerações Críticas de Os Juristas como Couteiros: a ordem na Europa Ocidental dos Inícios da Idade Moderna – António Manuel Hespanha

O texto critica de forma muito competente os problemas do projeto racionalista e suas consequências no âmbito jurídico no colonialismo, mostrando as diferenças de tratamento dos povos dominados no colonialismo da época das grandes navegações (na América, sobretudo) e do Novo Colonialismo (na Áfria, principalmente). Sua crítica vai no sentido de que o universalismo do projeto racionalista seria o culpado pelo autoritarismo que soverteu a tradição dos povos nativos dominados e foi o motivo da expansão europeia e dominação dos povos, considerados inferiores. Propõe o texto um direito couteiro e não jardineiro, um que não imponha um projeto universalista, mas apenas traduza a ética cacofônica do pluralismo atual. Porém, ao contrário, a atitude de couteiro parece ser justamente a atitude verdadeiramente “moderna”, a atitude ideológica fundamental do modo de acumulação flexível do capitalismo vigente. Segundo Slavoj Žižek , a lógica de consumo atual é a do café sem cafeína, da cerveja sem